NBR 13716 – Máscara Autônoma de Ar Comprimido com Circuito Aberto

Objetivo da Norma de máscara autônoma

NBR 13716 estabelece os requisitos mínimos para máscaras autônomas de ar comprimido com circuito aberto, utilizadas principalmente por bombeiros. A norma não se aplica a máscaras de circuito aberto para fuga ou equipamentos de mergulho.

Normas Adicionais Necessárias à norma de máscara autônoma

Para a aplicação completa da NBR 13716, é necessário consultar as seguintes normas complementares:

  • NBR 12543: Equipamentos de proteção respiratória – Terminologia.
  • NBR 13200: Cálculo do volume de gás armazenado em cilindro de alta pressão – Procedimento.
  • NBR 13695: Equipamentos de proteção respiratória – Peça facial inteira – Especificação.
  • EN 136-10: Specification for full face masks for special use.
  • EN 142: Respiratory protective devices; mouthpiece assemblies; requirements, testing, marking.
  • EN 144-1/2: Respiratory protective devices; gas cylinder valves; thread connection for insert connector.
  • ANSI/C.G.A. G-7.1: Standard for compressed gas cylinder valve outlet and inlet connections.

 

Principais Requisitos da norma de máscara autônoma do Brasil

  1. Projeto e Construção:
    • Fala da necessidade de ser simples e confiável na construção.
    • Ser resistente a uso descuidado e condições adversas.
    • Facilidade de inspeção e manutenção.
  2. Materiais:
    • Ter resistência mecânica, durabilidade e resistência à deterioração.
    • Ser construída com materiais antiestáticos e não inflamáveis.
  3. Capacidade:
    • Capacidades mínimas variando de 500 L a 2000 L, com uma capacidade mínima de 1600 L para uso por bombeiros.
  4. Conexões e Componentes:
    • Conexões fáceis de desmontar para limpeza e manutenção.
    • Proteção contra penetração de partículas e vazamentos.
  5. Desempenho em Temperaturas Extremas:
    • Funcionamento adequado em temperaturas de -30°C a +60°C.
    • Resistência ao calor radiante e à chama.
  6. Dispositivo de Alarme:
    • Alarme sonoro ou visual que ative quando a pressão do cilindro atinge um nível predeterminado.

Principais Preocupações

  • Segurança do Usuário: Garantir que o equipamento funcione de maneira confiável em situações de emergência.
  • Conforto e Usabilidade: Facilitar o uso prolongado sem causar desconforto ao usuário.
  • Manutenção e Inspeção: Necessidade de inspeções regulares e manutenção adequada para garantir a funcionalidade.

 

Pontos Fortes da norma técnica para máscara autônoma de circuito aberto NBR 13716

  • Especificidade para Bombeiros: A norma é detalhada para atender às necessidades específicas dos bombeiros.
  • Requisitos de Segurança Rigorosos: Inclui testes rigorosos para garantir a segurança e a eficácia do equipamento.

 

Pontos Fracos da norma técnica para máscara autônoma de circuito aberto NBR 13716

  • Complexidade na Manutenção: A necessidade de inspeções e manutenções frequentes pode ser onerosa.
  • Limitações de Aplicação: Não se aplica a máscaras de circuito fechado ou para outros usos além de combate a incêndios.

 

Comparação com a Norma NFPA 1981

NFPA 1981 estabelece requisitos para o design, desempenho, teste e certificação de novos aparelhos de respiração autônomos de circuito aberto para serviços de emergência. Aqui estão algumas comparações:

Pontos Fortes da NFPA 1981

  • Abrangência: Cobre uma ampla gama de equipamentos de proteção respiratória, incluindo combinações de SCBA/SAR.
  • Foco em Emergências: Especificamente projetada para uso em ambientes imediatamente perigosos à vida e à saúde (IDLH).

Pontos Fracos da NFPA 1981

  • Complexidade: Pode ser mais complexa devido à sua abrangência e aos requisitos detalhados para diferentes tipos de equipamentos.
  • Custo: A conformidade com a NFPA pode ser mais cara devido aos requisitos rigorosos de teste e certificação.

NBR 13716 é uma norma essencial para garantir a segurança e a eficácia das máscaras autônomas de ar comprimido usadas por bombeiros no Brasil. Comparada à NFPA 1981, a NBR 13716 é mais específica para o contexto brasileiro e para o uso por bombeiros, enquanto a NFPA 1981 oferece uma abordagem mais abrangente e detalhada para uma variedade de situações de emergência.

 

Pontos fortes da NBR 12716 quando se trata de Bombeiros 

NBR 13716 estabelece várias exigências adicionais específicas para o uso de máscaras autônomas por bombeiros. Aqui estão os principais pontos onde a norma detalha requisitos específicos para atividades de bombeiros:

  1. Capacidade Mínima:
    • As máscaras autônomas para bombeiros devem ser de demanda com pressão positiva e ter uma capacidade mínima de 1600 L. Isso garante uma autonomia de 32 minutos para um consumo de 50 L/min (Seção 4.2.2).
  2. Massa do Equipamento / Peso:
    • A massa da máscara autônoma pronta para uso, incluindo a peça facial e o cilindro carregado, deve ser inferior a 15 kg para bombeiros (Seção 5.1.2).
  3. Válvula do Cilindro com manômetro:
    • Para bombeiros, a válvula do cilindro deve ter um manômetro, permitindo a leitura da pressão do cilindro durante o uso (Seção 4.3.10.1.g).
  4. Manômetro do conjunto autônoma para bombeiros:
    • O mostrador do manômetro deve ser visível na ausência de luz, facilitando a leitura em condições de baixa visibilidade, comuns em operações de combate a incêndios (Seção 4.3.11.7).
  5. Suporte Anatômico e flexibilidade na configuração de tamanhos de Cilindros:
    • A cinta de fixação do cilindro deve permitir a colocação de cilindros de diâmetros diferentes, proporcionando flexibilidade e adaptabilidade durante o uso (Seção 4.3.6.3).
  6. Dispositivo de Alarme:
    • O dispositivo de alarme deve ser ativado automaticamente quando a válvula do cilindro for aberta. Se a ativação for manual, não deve ser possível usar a máscara antes que o alarme seja ativado. O alarme deve começar a funcionar com a pressão de 5 ± 0,5 MPa ou quando restarem no mínimo 200 L de ar no cilindro (Seções 5.5.2 e 5.5.3).
  7. Ensaios de Desempenho Prático:
    • Os ensaios de desempenho prático devem ser realizados por pessoas que usam regularmente este tipo de equipamento e que tenham uma história clínica satisfatória. Esses ensaios incluem atividades que simulam o uso real em operações de combate a incêndios, como andar, rastejar, subir escadas e manipular mangueiras de incêndio (Seção 6.2.2.2).

Esses requisitos adicionais garantem que as máscaras autônomas utilizadas por bombeiros sejam adequadas para as condições extremas e exigentes encontradas durante operações de combate a incêndios, proporcionando segurança, confiabilidade e funcionalidade.