A desinfecção de linhas de ar respirável e a esterilização de microrganismos presentes no ambiente são rotinas que devem fazer parte do dia a dia de qualquer empresa que trabalha com equipamentos de proteção respiratória. Hoje, quando se fala em boas práticas de segurança do trabalho, a maioria ainda foca na prevenção de quedas ou intoxicação com produtos químicos nocivos, mas poucas se preocupam com os riscos biológicos. 

Para quem utiliza equipamentos de proteção respiratória, a análise de agentes patogênicos, tais como vírus, fungos e bactérias são uma medida de segurança, tais como as análises de gases e substâncias nocivas. Assim, no post de hoje, vamos tratar um pouco sobre o que são riscos biológicos dentro do ambiente de trabalho, bem como, quais medidas realizar para promover a desinfecção dos sistemas de ar e manter a assepsia do ambiente. Para saber mais, não deixe de conferir!

Riscos biológicos no ambiente de trabalho

A presença de qualquer microrganismo que coloque em risco a saúde do trabalhador pode ser caracterizado como risco biológico. Assim, parasitas, protozoários, fungos e vírus existentes no ambiente de trabalho precisam de medidas que afastam qualquer perigo de infecção. 

A maioria das pessoas associa o risco biológico apenas a ambientes como hospitais e clínicas. Porém, os riscos biológicos existem em qualquer lugar, inclusive em espaços confinados, onde o risco de contaminação por agentes que são transmissíveis pelo ar. 

Vale destacar que as Portarias 6.730 e 6.735 dispõe sobre a necessidade de realizar o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) com o objetivo de descrever agentes biológicos que podem representar riscos e estipular medidas protetivas. Esses novos programas foram criados para substituir o PPRA (IN 9) que vigorava para as empresas desde 1994.  Ambos servem, portanto,  que a empresa não apenas identifique riscos biológicos dentro do ambiente de trabalho, como também tome medidas visando minimizá-los.  

Tanto a implementação do PGR quanto do GRO estão valendo a partir de março de 2021. Para as empresas que já possuíam o PPRA com o objetivo de avaliar riscos biológicos e implementar medidas, é essencial atualizar o cronograma a partir das novas regras dispostas nas Portarias.

Assepsia do ambiente e desinfecção de equipamentos

Quando se trata de minimizar riscos relacionados com a presença de microrganismos nocivos à saúde no ambiente de trabalho, é fundamental pensar tanto na assepsia do ambiente, quanto na desinfecção dos sistemas de ar respirável. 

Hoje, os desinfetantes possuem uma boa ação na esterilização de microrganismos no ar e podem ser uma boa alternativa para a assepsia do ambiente. Embora eles sejam mais utilizados na esterilização de superfícies, eles também possuem uma eficácia comprovada na desinfecção de ambientes. 

Segundo aponta o “Manual de Proteção Respiratória”, dos autores Maurício Torloni e Antonio Vladimir Vieira, um estudo de 1928 já constatou que névoas contendo água sanitária diluída (hipoclorito de sódio, NaClO) são capazes de eliminar microrganismos presentes no ar. Assim, quando utilizado na forma de aerossol ou vapor e em concentração suficiente, os desinfetantes são bastante eficazes para promover a assepsia do ar. 

Além disso, esse estudo realizado em 1928 não foi o único a tratar sobre a ação de desinfetantes na esterilização de microrganismos. Há outros estudos, que foram realizados entre 1940 e 1950 que também apontam a inativação de diferentes bactérias, fungos e até o vírus da gripe. Nesses estudos, no entanto, as substâncias utilizadas foram o propileno glicol e a trietileno glicol e o que eles indicam é que ambas são consideradas ideais para assepsia do ambiente, já que possuem baixa toxicidade em seres humanos e mamíferos, além de alta letalidade para microrganismos nocivos. 

Porém, apesar da alta eficácia dessas substâncias, quando utilizadas em ambientes abertos ou em sistemas que sofrem mudanças de temperatura ou de local, a eficácia pode ser reduzida. Para ambientes abertos ou suscetíveis a outros tipos de interferências, o ideal é contar com uma ação contínua dessas substâncias para manter a mesma eficácia.

Desinfecção de sistemas de ar respirável 

A minimização de riscos biológicos não se restringe à assepsia do ambiente, como explicamos. A desinfecção de sistemas de ar respirável também é importante para garantir a saúde do trabalhador. Para esses equipamentos, o ideal é fazer a higienização com produtos próprios. O uso de sabão ou mesmo detergente, para esses casos, não é o mais indicado, já que ambos não possuem as características adequadas para a total limpeza dos componentes.

Para quem atua com equipamentos de proteção respiratória, o ideal é deixar todos os componentes imersos por dois minutos nas seguintes soluções após o uso:

  • Solução de Hipoclorito de Sódio (50 PPM de iodo) preparada com uma mistura de 1 mililitro de água de lavadeira (cândida, água sanitária, hipoclorito de sódio, etc.) em 1 litro de água na temperatura ambiente.
  •  Solução aquosa de iodo (50 PPM de iodo) preparada com a mistura de 0,8 mililitros de tintura de iodo (seis a oito gramas de iodeto de amônia, ou iodeto de potássio em cem mililitros de álcool etílico a 45%) em um litro de água na temperatura ambiente.
  • Outros produtos desinfetantes incluem sais quaternários de amônia, álcool etílico, peróxido de hidrogênio, fenóis, sais metálicos e aldeídos

Toda empresa que atua com equipamentos de proteção respiratória deve contar com boas práticas visando a minimização de acidentes e também riscos biológicos. Mais do que prevenir os acidentes em ambientes confinados e em outros ambientes que representam riscos, é fundamental adotar medidas e um PPRA para minimizar e eliminar riscos biológicos. 

Muitas empresas que atuam com equipamentos de proteção respiratória ainda não sabem como e quais produtos utilizar na hora de realizar a assepsia do ambiente e também dos equipamentos. Por isso, vale a pena avaliar os riscos, as fontes geradoras e adotar as medidas e produtos adequados.   

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