Estação filtrante de ar Grau D

Estação filtrante de ar Grau D. Durante trabalhos de rotina em ambientes industriais algumas vezes surge à necessidade da utilização de ar mandado em situações que oferecem risco aos trabalhadores. Espaços confinados, ambientes insalubres, atmosferas inertizadas e atmosferas IPVS são desafios constantes para as engenharias e o corpo técnico de segurança industrial das empresas. Muitas vezes uma determinada indústria pode contar com linhas de ar mandado próxima as frentes de trabalho, porém a qualidade desse ar geralmente não é das melhores e, podem apresentar toda sorte de particulados, quantidade excessiva de óleo mineral, vapores orgânicos, gases asfixiantes e tóxicos. Esses gases podem causar a diminuição da taxa de oxigênio da fonte de ar utilizada e matar os operadores por asfixia. Este artigo aborda a utilização de purificador de ar portátil – estação filtrante para preencher uma lacuna na utilização de proteção respiratória.

Existe purificador portátil – estação filtrante que agrega num mesmo equipamento: pré-filtros, filtros, desumidificadores, válvulas reguladoras de pressão, e mais importante, possuem medidores de oxigênio e detectores de monóxido de carbono. Esses purificadores não passam de um metro de comprimento e geralmente é leves o suficiente para serem transportados rapidamente de uma frente de trabalho para outra por uma única pessoa. Além disso, quase todos apresentam algum tipo de alarme sonoro e/ou visual para alertar o usuário com relação a alguma anormalidade na qualidade do ar. Pouquíssimos, apresentam algum tipo de registrador como impressora ou interface com um notebook ou capazes de transmitir as informações do purificador por wireless. Outros purificadores ainda mais sofisticados possuem uma linha de ar paralela com a fonte de ar, caso haja algum alarme que coloque a vida do profissional em risco, uma bateria de cilindros carregada com ar comprimido, de procedência confiável, é habilitada e supre a demanda de ar por algum tempo.

 

Vantagens e desvantagens do purificador portátil

     Esse tipo de equipamento trás mobilidade como vantagem, e custo relativamente baixo quando comparado a um sistema de ar dedicado a utilização de ar respirável. O tempo é outro fator relevante, uma vez que a implantação de um sistema dedicado para a proteção respiratória envolve planejamento, engenharias e outros departamentos da empresa e isso trás certa morosidade para qualquer ramo de atividade. Por um lado, os sindicatos, CIPA e outros órgãos fiscalizadores preocupados com a saúde dos colaboradores cobram que a empresa tome medidas que garantam à saúde dos funcionários e, como toda atividade envolve paradas de manutenção, tempo de máquinas paradas e operadores “parados”, por isso, os purificadores portáteis apresentam um investimento a ser estudado. Uma das desvantagens é que os filtros desse tipo de equipamento portátil costumam saturar rapidamente devido a tudo o que uma linha de ar de instrumentos pode apresentar de mais insalubre, oxidação da tubulação, desprendimento de ferro oxidado, particulados, pó de ferro, névoa de óleo e condensado de água, e outros produtos que podem ser injetados acidentalmente na tubulação de ar comprimido. Outro fator que deve ser levado em conta é que esse tipo de equipamento precisa de energia elétrica para medir as concentrações de gases ou ainda, quando alimentados por baterias, as mesmas devem ser mantidas carregadas para ser utilizadas.

Antes de se decidir por um purificador portátil ou por um sistema completo de geração e tratamento de ar comprimido como parte da solução da proteção respiratória dos funcionários, cada empresa deve levar em conta algumas questões, respondê-las e, se for o caso, procurar um profissional especializado na área de proteção respiratória para ajudar a compor uma solução.

Para as aplicações com risco de baixas taxas de oxigênio, devem ser tomadas medidas para que haja uma fonte secundária de ar de qualidade e de confiança que trabalhe em paralelo com o ar industrial e que caso da porcentagem de oxigênio cair a níveis asfixiantes, esse sistema interrompa o ar industrial, habilite o ar da fonte secundária e os funcionários sejam orientados a interromper os trabalhos com ar respirável (ar mandado).